Esse texto eu fiz em 2006 para o espetáculo de esquetes teatrais Tubo de Ensaio, onde eu também participava como ator. Foi feito especialmente para minha amiga Juliana Guimarães, que fazia uma personagem que vivia em seu próprio mundo e era capaz de explodir se alguém pisasse no seu "calo". Depois Juliana continuou fazendo esse texto no espetáculo Pout-PourRir, onde também integrei o elenco.
Passando um Carnaval em Salvador - de Raul Franco
Estava em casa entediada. Estranho! Porque geralmente eu sou uma pessoa animada. Tanto que aceitei o convite de uns amigos para ir até a Bahia em pleno carnaval. Detesto carnaval. Mas fui assim mesmo. Compramos cuscuz, fitas do Senhor do Bonfim e abadás para o bloco da Ivete Sangalo. Detesto Ivete Sangalo. Um fedor de mijo insuportável, um bando de gente fedorenta, bêbada e enlouquecida. Pessoas que ainda estão descobrindo as vogais: aê aê ê ê ê ôôô. Tentei me balançar um pouco pra demonstrar animação. E logo uma fofinha de baby look me disse: “não é assim que se dança”. Eu me esquivei e tentei me retirar dessa esbórnia. Tentei ultrapassar a corda que me enquadrava naquele bloco. E fui impedida pelo cordeiro. (à parte) O cara que segura a corda. Que função bosta, né? Ele disse: “Não pode sair não. Da feita que entrou, não sai”, Tentei falar que eu estava deslocada. Ele disse: “Pensasse antes de entrar”. Resolvi dar um tempo. E quando o cordeiro se distraiu, olhando a bunda da fofinha de baby look. Puta que o pariu! Não resisti. (grito) Arranquei a orelha do cordeiro com uma dentada. Todo mundo saiu correndo. Pensei: poxa, agora que eu ia começar a me divertir.
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